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Chama-se inês com i pequeno e um dia vai ser bailarina de caixa de música ou cinderella profissional. Não gosta de palhaços e tem pavor a machucares de coração. Gosta de decalcar sentimentos e remexer em entranhas. Quando fica nervosa morde o lábio inferior ou finge tocar piano nas pernas. Tem o coração pequeno e os olhos grandes, tem os olhos muito grandes.

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10 Cubos de gelo
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dois mil e dez foi um ano de amores perdidos, monstros de consciência e alter-egos. Foi um ano de sorrisos, areia molhada e sapatilhas de ponta. Fez-me verter lágrimas e contorcer-me sobre o meu corpo. Foi ano de acreditar, de nunca largar mão dos sonhos. De descobertas, sonhos e realidades. Fez-me gritar, rir às gargalhadas e sentir o vento na pele. Fez-me crescer. Obrigou-me a amar.  Que dois mil e onze possua a mesma magia.
Um óptimo ano para vocês.




8 Cubos de gelo
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010
«e este amor que me vai fugindo é igual a outro amor que me vai surgindo, que há-de partir também, nem eu sei quando...»
Eram palavras de Florbela que recitávamos a plenos pulmões nas tardes de maior vazio anímico. As que atirávamos ao vento e que não nos queriam dizer nada. Que eram ditas num tom impessoal, sem nos perturbarem. As mesmas que agora se infiltraram nos nossos poros, sem darmos conta... venenos letais.


8 Cubos de gelo
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domingo, 26 de dezembro de 2010

- O que aconteceu?
- Quebram-se laços, ferem-se egos, perde-se o amor.



10 Cubos de gelo
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010
O seu jeito de menina em contraste com a lama nas suas sapatilhas. Paradoxo vivo. Bonequinha de porcelana, a minha Lis. De bochechas rosadinhas e lábios carnudos. Sempre que me via em apertos, sempre que a vida me trocava as voltas e esborrachava o coração, era ela que eu ia ver. Não fazia um único som, esperava que ela desse conta da minha presença e soltasse a gargalhada do costume. Sabia-a de cor. Sopro do coração, espanta-espíritos movimentado pelo vento. Gargalhada morta de uma alma gritando felicidade. Era de uma graça tremenda, a minha jasmim. Sempre que dizia que me ia embora, ela serrava os lábios e não voltava a falar até eu sair da casa. Não que ficasse ressentida - simplesmente abominava despedidas. E eu não me ralava. Sabia que dentro de 5 minutos, quando chegasse a casa, sentiria o telemóvel vibrar. Nunca variava: ouvia-se um suspiro forçado, era ela a engolir o seu orgulho. Depois indagava, com desdém :

- Quando voltas ?

Inês, algures em Abril de 2010.

6 Cubos de gelo
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domingo, 19 de dezembro de 2010
- Tenho saudades de abraços de alento e dos sorrisos leves arrancados a ferros por pessoas que nos perturbam a mente e o corpo, como cetim que toca carinhosamente na pele e nos envolve em sonhos cor de avelã.
- Também tenho saudades tuas.




1 Cubos de gelo
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6 Cubos de gelo
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
« Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.»
Miguel Esteves Cardoso - O amor é fodido



6 Cubos de gelo
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
- Um dia aprendo a dançar salsa.
- Salsa? Para quê?
- Para te ver de outro ponto de fuga. Sentir-te a pulsação e o movimento de ancas. Em músicas de paixão. Sem pliés, tondues ou pirouettes - Só eu e tu, largando a rigidez do clássico e rendendo-nos aos ritmos do coração. 
- Um dia ensino-te salsa.
- E recriamos a essência do amor suavizado por uma amizade de borrões fortes?
- Recriamos.



13 Cubos de gelo
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domingo, 12 de dezembro de 2010
«São gestos frenéticos desprovidos de emoção. São lágrimas que escorrem pela face e nem ousam pousar no coração. São mãos frias e sorrisos falsos. São suspiros cortantes, expressões gélidas e beijos pungentes. Olhares parcialmente treinados ao espelho. Pernas arqueadas num ângulo predefinido. Os mais ínfimos detalhes que aparentam ser tão naturais quanto a água que corre no leito dos rios são simplesmente produto da experiência. Pequenos traços de carácter não passam afinal da evidência da constante falta do mesmo. Aqui, até os olhos são capazes de mentir. Até eles nos assopram mentiras ao ouvido, como se de uma brisa ligeira se tratasse. Até eles destroem e desmembram. Matam, como facas sem gume. »
Inês, cinco de Janeiro de dois mil e dez.



6 Cubos de gelo
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sábado, 11 de dezembro de 2010
- (hesitando) Estou a aborrecer-te?
- Hum?
- Não dizes uma palavra há 20 minutos. Estou a aborrecer-te?
- Não, não. O silêncio estava confortável. Aqui, contigo, o silêncio é sempre confortável.





10 Cubos de gelo
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Meu castor de coração em forma de bolota:
Gosto muito de ti, porque, mesmo sem me amares, me fazes acreditar no amor. E o amor é uma coisa tão bonita para se acreditar.



4 Cubos de gelo
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Lembro-me de ti sempre que saio à rua e passo por o pequeno jardim onde te deitavas. Lembro-me de ti sempre que vejo a flor lá. É a única flor daquele campo verdejante. Uma pequena papoila de vermelho vivo em quem nunca repararia se não fosse o teu contagiante entusiasmo ao encontrá-la. Pediste-me que olhasse, mesmo quando sabias que já estava a olhar. Querias assegurar-te que eu reparava. Custou-te tanto aquele dia, jasmim.
- Quero arrancá-la para te dar. Eu sei que ela vai morrer. Eu não a quero matar Inês, mas eu sei que ela ia gostar muito de estar contigo um bocadinho, mesmo que morresse a seguir. Ela ia gostar muito, ias ver.
Não te respondi. Ficaste a olhá-la, de tristeza infiltrada no coração. Estavas prestes a chorar mas não o fizeste. Não estranhei. Querias mostrar-me como te era importante e aquela situação frustrava-te tanto. Envolvi-te num abraço silencioso e ficámos a olhar aquela papoila que naquele dia não me deste para a mão mas que deste, em silêncio, entre soluços de alma.

porque eu gosto muito dela, e não resisti a postar de novo.

9 Cubos de gelo
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domingo, 5 de dezembro de 2010
- Já acreditaste num para sempre, e acabaste por te desiludir?
- Não. Mas isto não é necessariamente bom - a visão bruta da realidade conferiu-me uma frieza desmesurável. Sou de gelo, coração demasiado sólido para quebrar. Ou bater.



15 Cubos de gelo
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Sábado de manhã, dez em ponto. Tu já não apareces, mas eu não consigo evitar a persistência. Ficaste enterrado em mim, demasiado fundo. Por isso ainda apareço, todos os sábados de manhã, às dez em ponto, e fico à espera de te ver pisar o chão de madeira suave enquanto me olhas com os teus olhos de castor, ainda meio a dormir. Tenho saudades de ouvir a tua voz rouca dos cigarros que ainda fumas de vez em quando, quando ficas nervoso, a pronunciar «inêês!» num tom que te é tão característico. Sábado de manhã, dez em ponto, e eu ainda espero que me envolvas nos teus braços e me expliques como perturbo todos os limbos da tua alma.



14 Cubos de gelo
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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
- São coisas do tempo em que me fazias bem, sabes?
- Em que amor ainda era só uma palavra dita para aquecer corações, nada mais.
- Mas amava-te mesmo.
- Eu sei.